A Inteligência Artificial (IA) pode ser definida como um campo da ciência que consiste no desenvolvimento de máquinas e programas computacionais capazes de reproduzir o comportamento humano na tomada de decisões e na realização de tarefas. Com o avanço da tecnologia e a popularização dos computadores e smartphones, pode-se afirmar que as IAs estão presentes no nosso dia a dia o tempo todo.
Atenta ao debate e às discussões voltadas a esse tema, a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol-MA) promoveu a palestra “Aplicação da Inteligência Artificial nas Rotinas Administrativas e Judiciais das Delegacias de Polícia Civil” na tarde da última sexta-feira, dia 07. O Juiz do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ/MA), Dr. Felipe Damous, conversou com cerca de trinta delegados sobre como a Inteligência Artificial pode vir a somar na atividade policial.
O Juiz trouxe como exemplo a utilização na produção de texto. A rotina de uma delegacia envolve a elaboração de inquéritos, relatórios, pedidos de prisão e ofícios. Por isso, os profissionais podem usar a IA para dar mais celeridade ao processo. Outra aplicação é ajudar na transcrição de textos.
“Por exemplo, o cidadão vai dar um depoimento, seja um investigado ou uma testemunha, e a ferramenta de inteligência artificial vai transcrever o que ele está dizendo. Outra aplicação é que a inteligência artificial pode resumir aquele texto, abordando os principais pontos e dando sugestões a partir disso. Então, facilita demais a investigação que a Polícia Civil faz”, declarou.
O magistrado afirmou que cada vez mais, as instituições precisam abrir os olhos para o tema e conseguir integrar essas ferramentas aos seus sistemas. Apesar do grande alcance e das diversas áreas de aplicação, o palestrante também pontuou que sua aplicação não pode, jamais, substituir o trabalho realizado pelo delegado e sua equipe.
Quem não conseguiu participar do evento, a palestra está disponível no site da Adepol-MA na Área Restrita do Associado.